Entenda como funciona a triagem auditiva e qual tipo de exame é feito
Entenda como funciona a triagem auditiva e qual tipo de exame é feito
6 min.
Publicado em 14 de dezembro de 2021
É bastante comum que crianças recém-nascidas passem por uma triagem auditiva. Embora esse procedimento seja indispensável na primeira infância — do nascimento aos seis anos —, ele pode ser necessário em outras fases da vida.
Você ou alguém da sua família tem apresentado dificuldades para ouvir? Detectar problemas ligados à audição logo no início pode contribuir para que o tratamento indicado pelo especialista tenha um resultado melhor.
Neste post, vamos explicar o que é e como funciona a triagem auditiva, quem deve passar por esse procedimento e que tipo de exame é realizado.
O que é a triagem auditiva?
Trata-se de um tipo de teste que permite identificar a perda auditiva em pessoas das mais diversas idades. A triagem auditiva neonatal — pela qual passam os bebês recém-nascidos — é a mais difundida, até obrigatória, mas a verificação da capacidade auditiva nem sempre acontece apenas nesse período.
Problemas auditivos normalmente se manifestam a partir dos 50 anos. Porém, crianças mais velhas, adolescentes e adultos mais jovens podem vir a apresentar algum distúrbio nesse sentido, sendo necessário passar pela triagem auditiva.
Que tipo de exame é feito?
Os exames feitos durante a triagem podem variar, mas, geralmente, são os que seguem.
Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE)
Esse exame não é invasivo e tem pouco tempo de duração. Um receptor é colocado em cada orelha e, por meio dele, é possível detectar alterações auditivas ligadas à cóclea. De acordo com a resposta aos estímulos sonoros, é possível identificar a perda auditiva, mas não o grau.
Pode ser realizado em pessoas de qualquer idade, embora seja frequentemente aplicado em bebês recém-nascidos. Caso alguma alteração seja observada, indica-se a realização do exame Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE).
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE)
Também conhecido com BERA — Brainstem Evoked Response Audiometry, em inglês —, não é invasivo e demora em torno de 40 minutos. São colocados alguns eletrodos na cabeça da pessoa, além de fones de ouvido. Um aparelho emite sons que atravessam o nervo auditivo, da orelha interna ao córtex cerebral, chegando ao cérebro e sendo recebidos de volta pelo equipamento.
O resultado desse exame não depende da reposta da pessoa avaliada, que precisa estar em repouso. No caso de bebês, costuma ser realizado quando estão dormindo. Já crianças mais velhas e/ou adultos precisam estar sedados, evitando qualquer movimento que gere interferência na interpretação correta do resultado.
Audiometria
A pessoa deve ficar no interior de uma cabine acústica, evitando-se a influência de sons externos. A audiometria pode ser vocal ou tonal e, em ambos os casos, são utilizados fones de ouvido.
Na audiometria vocal, é preciso repetir algumas palavras. Em alguns momentos o volume não varia e em outros, vai diminuindo. A finalidade é perceber se a pessoa compreende o que foi dito.
Já na audiometria tonal, sempre que algum som for percebido, deve-se fazer um sinal. Esse exame pode ser feito nos dois ouvidos ao mesmo tempo ou em um ouvido de cada vez. O objetivo é verificar o som mais baixo que a pessoa consegue perceber, identificando a perda auditiva, se houver, e o grau. Recomenda-se que a triagem auditiva seja feita anualmente. Você pode procurar um otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo.
A triagem auditiva é essencial nos primeiros dias de vida, mas também em outros momentos, caso se perceba alguma diferença em relação à audição. Existindo algum distúrbio, se for detectado logo no início, o tratamento tende a surtir mais efeito. Além disso, a falta de soluções para os problemas auditivos pode impactar negativamente a qualidade de vida e o bem-estar do indivíduo.
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